XXVI SIMPÓSIO NACIONAL HISTÓRIA
ANPUH 50 anos
São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011
Universidade de São Paulo (USP)
Cidade Universitária
ANPUH 50 anos
São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011
Universidade de São Paulo (USP)
Cidade Universitária
067. História e historiografia: do realismo à contemporaneidade
Coordenadores: REBECA GONTIJO TEIXEIRA (Doutor(a) - UFRRJ), SÉRGIO DA MATA (Pós Doutor(a) - UFOP)
Resumo: A proposta do simpósio é promover o diálogo entre estudos que, ao problematizarem o conceito e a prática da historiografia, contribuam para uma reflexão acerca das relações de força, tensões e ambiências implicadas nas escolhas teóricas e metodológicas associadas à produção do saber histórico. Trata-se ainda de promover o debate sobre temáticas como o processo de profissionalização da história enquanto disciplina científica; as relações de tensão-proximidade entre as diversas historiografias nacionais; as querelas historiográficas contemporâneas; o impacto promovido pelo diálogo com as ciências sociais; a era de ouro das "grandes narrativas"; a historiografia contemporânea sob o signo do linguistic turn e a crítica pós-moderna; as relações entre história e memória no mundo contemporâneo, entre outros assuntos relacionados às práticas historiográficas observadas desde a década de 1870 até os dias atuais.
Justificativa: Na qualidade de discurso e prática cultural, a escrita da história é uma das estratégias de conformação e de crítica da(s) identidade(s) que grupos e sociedades elaboram sobre si e sobre os outros. Materializada como narrativa escrita, presta-se a usos diversos ao instituir concepções, valores, imagens, enfim, ao conferir sentidos para as ações de sujeitos, individuais e coletivos. Hoje, o conceito de historiografia define um campo de investigação estabelecido. Ao questionar as configurações desse campo acreditamos poder elucidar o caráter movediço de sua identidade como conhecimento e como forma de escrita e, ao fazê-lo, situar, em alguma medida, a historicidade de seus objetos, questões e métodos, bem como as aproximações, afastamentos, sobreposições face a gêneros outros, como a literatura, as biografias, as crônicas, o jornalismo, etc. Nesses termos, para além das análises sobre autores e obras, ou pelo redimensionamento desse enfoque à luz de suas condições sociais de produção, destacam-se, em igual proporção, as possibilidades de abordar as formas de conceber a história, o tempo, a memória que essa modalidade escrita categoriza, pereniza, encobre, descobre.
Bibliografia:
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