XXVI SIMPÓSIO NACIONAL HISTÓRIA
ANPUH 50 anos
São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011.
Universidade de São Paulo (USP)
Cidade Universitária
ANPUH 50 anos
São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011.
Universidade de São Paulo (USP)
Cidade Universitária
008. A formação do campo historiográfico: a historiografia em movimento
Coordenadores: TEMÍSTOCLES AMERICO CORREA CEZAR (Pós Doutor(a) - UFRGS), VALDEI LOPES DE ARAUJO (Doutor(a) - UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO)
Resumo: Este simpósio temático pretende reunir pesquisadores preocupados com a revisão das narrativas tradicionais sobre a formação do campo historiográfico entre os séculos XVIII e XIX no espaço ocidental, aqui incluído o caso brasileiro. Na oportunidade em que a Anpuh comemora os seus 50 anos e propõe uma reflexão coletiva sobre os temas da institucionalização, da memória e da comemoração, pretendemos colaborar para o debate discutindo esses temas sob a ótica da história da própria disciplina.
Justificativa: Este Simpósio Temático, que por muitas edições teve a sorte de contar, entre seus organizadores, com a figura do Professor Manoel Luiz Salgado Guimarães, sempre esteve preocupado com a abertura de um espaço para o debate da história da historiografia em uma perspectiva pluralista, em forte interface com os demais setores de pesquisa na historiografia brasileira e universal. Este ano, na oportunidade em que Anpuh comemora os seus 50 anos, propomos rediscutir alguns temas clássicos relacionados à história da historiografia moderna em sua dimensão institucional e disciplinar entre os séculos XVIII e XIX.
A relação entre historiografia, nacionalidade e Estado foi um dos eixos do debate nas últimas décadas, cabe-nos agora perguntar em que sentido avançamos na compreensão dessas interrelações? O que permanece válido e o que foi demolido pela onda crítica que expôs os vínculos de poder embutidos nos modelos historiográficos? Quais os novos objetos, as abordagens e perspectivas surgidas nessas últimas décadas e de que modo podemos hoje mapear as agendas de pesquisa que orientam pesquisadores, grupos e redes ativas na investigação das dinâmicas historiográficas entre os séculos XVIII e XIX?
Os temas clássicos da historiografia que estavam voltados para os processos de modernização e cientificização da disciplina foram substancialmente ampliados por abordagens que apontavam para uma realidade muito mais complexa. Da história institucional à das ideias, da história cultural, do livro e da leitura até o entrecruzamento entre história política e social, passando pelos estudos literários e filosóficos, a história da formação da disciplina ou da cultura histórica foi ampliada até tornar-se um tema central para a compreensão da história geral dos séculos XVIII e XIX. A proposta do simpósio é pensar essa pluralidade no passado e no futuro da disciplina.
Bibliografia: ALCIDES, Sérgio. Estes Penhascos: Cláudio Manoel da Costa e a paisagem de Minas (1753-1773). São Paulo: Hucitec, 2003.
ARAUJO, Valdei L. de. A Experiência do Tempo: conceitos e narrativas na formação nacional brasileira (1813-1845). São Paulo: Hucitec, 2008c.
CEZAR, Temístocles. “A retórica da nacionalidade de Varnhagen e o mundo antigo: o caso da origem dos tupois” In GUIMARÃES, Manoel L. S. (Org.) Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006, pp. 29-41.
GUIMARÃES, Lúcia M. P. Debaixo da Imediata Proteção de Sua Majestade Imperial o IHGB (1838-1889). Rio de Janeiro, RIHGB, 156(388) 459-613, jul.set., 1995.
GUIMARÃES, Manoel L. S. “Entre as luzes e o romantismo: as tensões da escrita da história no Brasil oitocentista”. In ____. (Org.) Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006, pp. 68-85.
KANTOR, Iris. Esquecidos e Renascidos: historiografia acadêmica Luso-brasileira. São Paulo: Hucitec, 2004.
MOLLO, Helena M. História Geral do Brasil: entre o tempo e o espaço. In: COSTA, Wilma P. & OLIVEIRA, Cecília H. de S. (org.). De um Império a outro: formação do Brasil, séculos XVIII e XIX. São Paulo: Hucitec: Fapesp, 2007.
OLIVEIRA, Maria da Glória de. Escrever vidas, narrar a história. Rio de Janeiro, IFCS, mimeo., 2009.
SILVA, Taíse T. Q. da. “A erudição ilustrada de Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-77) e a passagem da historiografia das belas letras à história nacional”. In GUIMARÃES, Manoel L. S. (Org.) Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006, pp. 114-137.
TURIN, Rodrigo. Tempos cruzados: escrita etnográfica e tempo histórico no Brasil oitocentista. Rio de Janeiro: IFCS/UFRJ, Tese, 2009, mimeo.
VARELLA, Flávia F. "A Escrita da História da Independência do Brasil: a polêmica do Correio Official com O Chronista sobre a História do Brasil de John Armitage". In Sérgio da Mata et alii. Anais do 2º SNHH. Ouro Preto: EdUFOP, 2008.
A relação entre historiografia, nacionalidade e Estado foi um dos eixos do debate nas últimas décadas, cabe-nos agora perguntar em que sentido avançamos na compreensão dessas interrelações? O que permanece válido e o que foi demolido pela onda crítica que expôs os vínculos de poder embutidos nos modelos historiográficos? Quais os novos objetos, as abordagens e perspectivas surgidas nessas últimas décadas e de que modo podemos hoje mapear as agendas de pesquisa que orientam pesquisadores, grupos e redes ativas na investigação das dinâmicas historiográficas entre os séculos XVIII e XIX?
Os temas clássicos da historiografia que estavam voltados para os processos de modernização e cientificização da disciplina foram substancialmente ampliados por abordagens que apontavam para uma realidade muito mais complexa. Da história institucional à das ideias, da história cultural, do livro e da leitura até o entrecruzamento entre história política e social, passando pelos estudos literários e filosóficos, a história da formação da disciplina ou da cultura histórica foi ampliada até tornar-se um tema central para a compreensão da história geral dos séculos XVIII e XIX. A proposta do simpósio é pensar essa pluralidade no passado e no futuro da disciplina.
Bibliografia: ALCIDES, Sérgio. Estes Penhascos: Cláudio Manoel da Costa e a paisagem de Minas (1753-1773). São Paulo: Hucitec, 2003.
ARAUJO, Valdei L. de. A Experiência do Tempo: conceitos e narrativas na formação nacional brasileira (1813-1845). São Paulo: Hucitec, 2008c.
CEZAR, Temístocles. “A retórica da nacionalidade de Varnhagen e o mundo antigo: o caso da origem dos tupois” In GUIMARÃES, Manoel L. S. (Org.) Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006, pp. 29-41.
GUIMARÃES, Lúcia M. P. Debaixo da Imediata Proteção de Sua Majestade Imperial o IHGB (1838-1889). Rio de Janeiro, RIHGB, 156(388) 459-613, jul.set., 1995.
GUIMARÃES, Manoel L. S. “Entre as luzes e o romantismo: as tensões da escrita da história no Brasil oitocentista”. In ____. (Org.) Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006, pp. 68-85.
KANTOR, Iris. Esquecidos e Renascidos: historiografia acadêmica Luso-brasileira. São Paulo: Hucitec, 2004.
MOLLO, Helena M. História Geral do Brasil: entre o tempo e o espaço. In: COSTA, Wilma P. & OLIVEIRA, Cecília H. de S. (org.). De um Império a outro: formação do Brasil, séculos XVIII e XIX. São Paulo: Hucitec: Fapesp, 2007.
OLIVEIRA, Maria da Glória de. Escrever vidas, narrar a história. Rio de Janeiro, IFCS, mimeo., 2009.
SILVA, Taíse T. Q. da. “A erudição ilustrada de Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-77) e a passagem da historiografia das belas letras à história nacional”. In GUIMARÃES, Manoel L. S. (Org.) Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006, pp. 114-137.
TURIN, Rodrigo. Tempos cruzados: escrita etnográfica e tempo histórico no Brasil oitocentista. Rio de Janeiro: IFCS/UFRJ, Tese, 2009, mimeo.
VARELLA, Flávia F. "A Escrita da História da Independência do Brasil: a polêmica do Correio Official com O Chronista sobre a História do Brasil de John Armitage". In Sérgio da Mata et alii. Anais do 2º SNHH. Ouro Preto: EdUFOP, 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário