O problema que conduz este texto é o da complexa articulação entre compromisso de memória e compromisso moralista na construção da verdade histórica pelos cronistas portugueses do final da Idade Média. São confrontadas passagens que mostram como não era controversa para os cronistas quatrocentistas a aproximação entre pretensão de fidelidade aos eventos e o comprometimento valorativo, pois esses dois traços funcionavam como arrimos de uma verdade construída sobre o acontecido, mas atenta ao que estava por acontecer. Para os historiadores quatrocentistas, essa conjugação era o fundamento do seu realismo e da sua verdade.
Palavras-chave: crônicas medievais, Portugal, moral
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