PEREIRA, Mateus Henrique de Faria e SANTOS, Pedro Afonso Cristovão dos. "Odisseias do conceito moderno de história: Necrológio de Francisco Adolfo de Varnhagen, de Capistrano de Abreu, e O pensamento histórico no Brasil nos últimos cinquenta anos, de Sérgio Buarque de Holanda, revisitados". Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 50, set. 2010, p. 27-57.
Neste artigo, procuramos refletir sobre as tensões do conceito moderno de história a partir de dois textos importantes enquanto avaliações da historiografia brasileira e considerações sobre a escrita da história do Brasil, a saber: Necrológio de Francisco Adolfo de Varnhagen (1878), de João Capistrano de Abreu, e O pensamento histórico no Brasil nos últimos cinquenta anos (1951), de Sérgio Buarque de Holanda. Pensando-os na chave do dito conceito moderno de história, isto é, como representativos de uma nova experiência do tempo, marcada pela diferença em relação ao passado, e por um novo horizonte de expectativas em relação ao futuro, que remodela a escrita da história, vemos nesses textos, marcados por tensões por vezes dicotômicas, entre estudos particulares e obras de síntese, teoria e empiria, objetividade e subjetividade, inquietações ainda relevantes para os historiadores.
Palavras-chave: Capistrano de Abreu, Sérgio Buarque de Holanda, conceito moderno de história, historiografia brasileira
Divulgação de eventos, estudos e publicações sobre teoria da história e história da historiografia
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Lançamento - A história pensada: teoria e método na historiografia européia do século XIX, org. Estevão Rezende Martins (Ed. Contexto)
A "disciplina" da historiografia, no sentido contemporâneo do termo, surgiu na transição do século XIX, mediante um primeiro corpo de regras e normas metodológicas fixado sob influência do positivismo e do historicismo. Os autores e os textos que constam da presente obra foram escolhidos em função de seu caráter estratégico para a compreensão desse percurso de estruturação dos modelos de conhecimento histórico e de sua repercussão. Optou-se por autores e textos não (ou dificilmente) disponíveis em português. A seleção, tradução e revisão dos textos foram feitas por importantes historiadores, que também escreveram um comentário em cada capítulo. Cada comentário é simultaneamente introdução ao autor e explicação do texto. Assim, o leitor tem acesso à obra de Thomas Carlyle, Johann Gustav Droysen, Ernst Bernheim, Wilhelm von Humboldt, Theodor Mommsen, Karl Lamprescht, George Macaulay Trevelyan, Jacob Burckhardt, Leopold von Ranke e Henry Thomas Buckle. Obra essencial para historiadores e estudantes de história. (Texto extraído da capa)
Lançamento - À sombra das palmeiras: a coleção Documentos Brasileiros e as transformações da historiografia nacional (1936-1959), de Fabio Franzini (Ed. Casa de Rui Barbosa)
FRANZINI, Fabio. À sombra das palmeiras: a coleção Documentos Brasileiros e as transformações da historiografia nacional (1936-1959). Rio de Janeiro: Edições Casa de Rui Barbosa, 2010.
O autor apresenta neste livro, por meio do estudo das condições materiais de produção, difusão e consumo dos saber histórico no Brasil da primeira metade do século XX, uma faceta da constituição de algo que denomina sistema intelectual, referente aos estudos históricos entre nós. Para empreender essa tarefa, o objeto de estudo escolhido foi a Coleção Documentos Brasileiros, da Livraria José Olympio Editora, vista aqui como o ponto de convergência entre os diferentes sujeitos que constituíram tal sistema intelectual no período definido para a abordagem, que vai de 1936 a 1959.
O autor apresenta neste livro, por meio do estudo das condições materiais de produção, difusão e consumo dos saber histórico no Brasil da primeira metade do século XX, uma faceta da constituição de algo que denomina sistema intelectual, referente aos estudos históricos entre nós. Para empreender essa tarefa, o objeto de estudo escolhido foi a Coleção Documentos Brasileiros, da Livraria José Olympio Editora, vista aqui como o ponto de convergência entre os diferentes sujeitos que constituíram tal sistema intelectual no período definido para a abordagem, que vai de 1936 a 1959.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Artigo de Fernando Nicolazzi no Almanack Brasiliense (USP)
NICOLAZZI, Fernando. "Entre 'letras & armas', a história como disputa. Considerações sobre a historiografia luso-brasileira no século XVIII", Almanack Brasiliense, São Paulo, n. 11, p. 40-51, maio 2010.
Disponível: http://www.almanack.usp.br/PDFS/11/AB-11_Sc-2_Artigo_01.pdf
Resumo: Este ensaio elabora algumas considerações sobre a prática historiográfica no contexto luso-brasileiro do século XVIII. Partindo do topos "letras & armas", recorrente em tal ambiente intelectual para se definir as relações entre saber e poder, mundo letrado e espaço político, sugere-se que a dissertação histórica, tal como empreendida por alguns autores portugueses e "brasílicos", sobretudo no âmbito da Academia Brasílica dos Esquecidos (1724), operava como modalidade privilegiada de discurso para definição de uma legitimidade para a escrita da história, situanodo-se entre a feitura de memórias particulares e a história propriamente dita.
Palavras-chave: América portuguesa, Brasil, memórias históricas, historiografia
Disponível: http://www.almanack.usp.br/PDFS/11/AB-11_Sc-2_Artigo_01.pdf
Resumo: Este ensaio elabora algumas considerações sobre a prática historiográfica no contexto luso-brasileiro do século XVIII. Partindo do topos "letras & armas", recorrente em tal ambiente intelectual para se definir as relações entre saber e poder, mundo letrado e espaço político, sugere-se que a dissertação histórica, tal como empreendida por alguns autores portugueses e "brasílicos", sobretudo no âmbito da Academia Brasílica dos Esquecidos (1724), operava como modalidade privilegiada de discurso para definição de uma legitimidade para a escrita da história, situanodo-se entre a feitura de memórias particulares e a história propriamente dita.
Palavras-chave: América portuguesa, Brasil, memórias históricas, historiografia
Coletânea - A dinâmica do historicismo: revisitando a historiografia moderna
Capítulo 1 disponível em: http://www.livrariacultura.com.br/imagem/capitulo/2721066.pdf
Artigo de Maria da Gloria de Oliveira na revista Varia Historia (UFMG)
OLIVEIRA, Maria da Gloria de. "Brasileiros ilustres no tribunal da posteridade: biografia, memória e experiência da história no Brasil oitocentista", Varia Historia, Belo Horizonte, vol. 26, n. 43, p. 283-298, jan./jun. 2010.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/vh/v26n43/v26n43a15.pdf .
O artigo analisa a escrita de biografias como tarefa integrante do projeto historiográfico do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro ao longo do século XIX, com base nos discursos de Joaquim Manoel de Macedo e nos estudos biográficos de Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro. Para os sócios da agremiação, a biografia deveria cumprir os propósitos de fixação da memória dos brasileiros ilustres, compartilhando com a escrita histórica das ambições de verdade e imparcialidade na representação do passado. Por outro lado, a evocação reiterada de um "tribunal da posteridade", em nome do qual se justificavam o trabalho de memória e a escrita biográfica, vinculava-se à experiência da história como foro de justiça e moralidade.
Palavras-chave: historiografia, biografia, IHGB
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/vh/v26n43/v26n43a15.pdf .
O artigo analisa a escrita de biografias como tarefa integrante do projeto historiográfico do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro ao longo do século XIX, com base nos discursos de Joaquim Manoel de Macedo e nos estudos biográficos de Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro. Para os sócios da agremiação, a biografia deveria cumprir os propósitos de fixação da memória dos brasileiros ilustres, compartilhando com a escrita histórica das ambições de verdade e imparcialidade na representação do passado. Por outro lado, a evocação reiterada de um "tribunal da posteridade", em nome do qual se justificavam o trabalho de memória e a escrita biográfica, vinculava-se à experiência da história como foro de justiça e moralidade.
Palavras-chave: historiografia, biografia, IHGB
Artigo de Pedro Caldas na Revista de Teoria da História (UFG)
CALDAS, Pedro. "Teoria e Prática da Metodologia da Pesquisa Histórica: reflexões sobre uma experiência didática", Revista de Teoria da História, Universidade Federal de Goiás, ano 1, n. 3, junho / 2010, p. 8-19.
O objetivo deste artigo consiste em discutir a relevância da metodologia na história. Por meio da concepção de Jörn Rüsen de unidade metodológica (como demonstrado em seu trabalho Reconstrução do Passado), é possível elaborar todo um curso de metodologia. Com o fito de provar tanto a legitimidade teórica quanto o uso prático da metodologia, este artigo dá o exemplo da hermenêutica – não só como elaboração de dados, mas também como caminho para a descoberta das profundas implicações do pesquisadores com o próprio processo de conhecimento.
Palavras-Chave: Metodologia – Jörn Rüsen – Hermenêutica
Disponível em: http://www.historia.ufg.br/revistadeteoria//uploads/files/113/ARTIGO__CALDAS.pdf
Disponível em: http://www.historia.ufg.br/revistadeteoria//uploads/files/113/ARTIGO__CALDAS.pdf
Lançamento - Lições de História: o caminho da ciência no longo século XIX (Ed. FGV / EDIPUCRGS)
Os autores aqui reunidos são expressivos de um fazer historiográfico monumental, e as lições desses mestres reclamam novo diálogo com sua obra, sine ira et studio. Certamente, há muito já fomos além. Só não podemos apagar a lembrança do caminho percorrido, para nos situarmos com senso no presente, ante os caminhos que se abrem a nossa frente.
História e historiadores no século XXI - François Dosse
Voltaire / Pierre Daunou – Daniela Kern
Jules Michelet – Lilia Moritz Schwarcz
Chateaubriand / Gabriel Monod – Teresa Malatian
Leopold Von Ranke / Gervinus – Julio Bentivoglio
Karl Marx – Leandro Konder
Thomas Carlyle / Lord Acton – Jurandir Malerba (organizador)
Thomas Babington Macaulay – Sergio Campos Gonçalves
Louis Bourdeau – Marcos Antonio Lopes
Foustel de Coulanges – Temístocles Cezar
Ernest Lavisse – Tereza Cristina Kirshner
Charles Seignobos – Helenice Rodrigues da Silva
Paul Lacombe – Raimundo Barroso Cordeiro Jr.
Henri Berr – José Carlos Reis
Ernst Troeltsch – Sergio da Mata
Lançamento - Fundamentos de Teoria da História, de Gervinus (Ed. Vozes)
Georg Gottfried Gervinus (1805-1871) foi um dos maiores conhecedores da literatura alemã em seu tempo e ocupou durante anos a cadeira de História e Literatura em Heidelberg. Contemporâneo de Wilhelm von Humboldt (1767-1835), Barthold Niebuhr (1776-1831), Leopold von Ranke (1795-1886), Johann G. Droysen (1808-1884), figuras de destaque na fundamentação da história como um conhecimento autônomo e científico, Gervinus elaborou em 1837 esta que é uma das melhores contribuições sobre a o problema da escrita da história até então escritas: o Grundzüge der Historik. Sua originalidade reside em conferir atenção a uma dimensão crucial negligenciada por seus pares: a do estatuto das narrativas históricas. Discutia sobre uma questão que só seria retomada outra vez com igual propriedade por Hayden White no início dos anos 1970. Neste texto ele faz, pela primeira vez, uma classificação dos gêneros históricos ou de narrativas históricas possíveis, destacando no tocante à relação forma-conteúdo, dois gêneros fundamentais: a história cronológica e a história pragmática. A primeira é o desenvolvimento das genealogias, crônicas e anais. A segunda representa história moderna, praticada recentemente, derivada das memórias, momento em que os autores começavam a introduzir reflexões pessoais ou julgamentos a respeito do que escreviam. Em suas palavras, tal como uma obra de arte, as narrativas históricas requerem "antes de tudo, um acabamento em si mesmo, um todo fechado e uma unidade de plano, um resumo das partes, formando um todo. Políbio já havia extraído essa exigência da Poética, de Aristóteles, transmitindo-a para sua obra histórica".
Julio Bentivoglio
Departamento de História
Univ. Fed. do Espírito Santo
Secretário ANPUH-Seção/ES
Departamento de História
Univ. Fed. do Espírito Santo
Secretário ANPUH-Seção/ES
II Seminário da Revista de Teoria da História
A revista Teoria da História representa um esforço de produção de mais um foro para o debate científico e funciona como local de discussão de temas atuais que fomentem a reflexão sobre o que fazem os historiadores quando fazem história hoje. Trata-se de possibilitar o debate sobre a história no início do século XXI. Que se faça o debate...
O Grupo de Teoria da História da Universidade Federal de Goiás traz a público o II Seminário da Revista de Teoria da História, a se realizar no auditório Lauro Vasconcelos, situado no prédio da Faculdade de História - Campus Samambaia - nos dias 04 e 05/10/2010. Iniciando-se as atividades às 08:00 h, e término às 12:00 h.
Dia 04/10/2010:
08:00 – 10:00 hs: Comunicações Livres.
10:30 – 12:00 hs: Conferência: A Allgemeine Geschichtswissenchaft de
Johann M. Chladenius ou os fundamentos da ciência histórica alemã.
Prof. Dr. Julio Bentivoglio. (UFES.)
Dia 05/10/2010:
08:00 – 10:00 hs: Comunicações Livres.
10:30 – 12:00 hs: Conferência: Hermenêutica e Formação Histórica.
Prof. Dr. Rafael Saddi (UFG)
Inscrições: Ouvintes R$ 5,00
Comunicação: R$ 5,00
As inscrições para ouvintes serão realizadas na data do evento. Os interessados em apresentar comunicação oral deverão enviar resumo para o e-mail da revista: revistateoriadahistoria@hotmail.com e efetuar o pagamento na data do evento.
Os resumos serão aceitos até o dia 01/10/2010. Formatação dos resumos: Título; resumo de até 150 palavras; Palavras-Chave (máx. 5). Fonte Cambria 12; espaçamento 1,5 cm.
Ciclo de Leituras do Histor: I Encontro
O Histor está iniciando suas atividades com um Ciclo de Leituras sobre os estudos de historiografia no Brasil. O I Encontro acontecerá na UFRRJ - campus Seropédica, dia 29 de setembro, quarta-feira, às 9:30h, na sala de reuniões do ICHS. Vamos discutir o artigo da professora Maria da Gloria de Oliveira, intitulado "Brasileiros ilustres no tribunal da posteridade: biografia, memória e experiência da história no Brasil oitocentista", publicado na revista Varia História, Belo Horizonte, vol. 26, n. 43, p. 283-298, jan./jun. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/vh/v26n43/v26n43a15.pdf .
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